quinta-feira, 25 de junho de 2009

Baixo nível ?


Parei para refletir em uma questão no mínimo intrigante, tentando chegar a alguma conclusão.

Como frequentador de alguns bares e casas de shows da região metropolitana de Porto Alegre, não posso deixar de reparar na diferença dos valores de ingresso e ambientes das festas. Deduz-se, utilizando o senso comum, que maior valor é sinônimo de qualidade superior, em qualquer situação.
Bem, por um lado algumas festas em locais relativamente mais simples cobram um ingresso quase que simbólico, muitas vezes nem chegando a 10 reais. Geralmente não há fila para entrar e nem aquela 'revistada' por vezes constrangedora antes de entrar no estalebecimento. Bebidas com valores acessíveis, público normalmente universitário, inteligente e extremamente pacífico, nenhuma briga ou gritaria. Uma pisada no pé de alguém por acidente pode virar uma nova amizade.


Em contrapartida, também existem eventos com ingresso de valor muito superior, teoricamente destinado às pessoas de maior poder aquisitivo (os populares "de nível") e que por lógica também deveria esta ligado a qualidade do serviço oferecido.
Os frequentadores formam uma fila gigante na porta do local (provavelmente para mostrar que está lotado aos que passam em frente) em qualquer situação meteorológica: chuva, vento, calor escaldante, aurora boreal, etc... Na porta, há seguranças dando aquela revistada, só faltando apertar o saco do cara para se verificar se não há nenhum objeto escondido. Do lado de dentro, um homem de preto a cada 5 metros quadrados para garantir a tranquilidade do ambiente (?). No balcão, somente garrafinhas pequenas e com preços de até 3 vezes mais do que custam na prateleira de um mercado qualquer, ou seja, não é para "qualquer um".
O recinto lota, enche, em pouco tempo não há mais espaço suficiente para todos, além de inúmeros banhos de cerveja acidentais e playboys maronbentos de academia que parecem ter saído de casa dispostos a arrumar briga. Não raro, vê-se algum sujeito saindo no tapa com algum outro ignorante pelo simples fato de este ter olhado para a "mina" dele.

Acho que cheguei a uma conclusão. Definitivamente "nível" não se mede pelo poder aquisitivo das pessoas.

domingo, 7 de junho de 2009

Viva a pirataria.mp3


Eu admito. Sou um defensor da pirataria musical. E das músicas em MP3 também, o que não é a mesma coisa que pirataria. MP3 não é falsificação, é conversão, conversão em dados. Assim como documentos digitados ou figuras escaneadas para o computador. Já as cópias sim, constituem peça física, caracterizam comércio, e sem os devidos tributos. E o engraçado é observar as grandes gravadoras acostumadas a lucrar milhões morrerem afogadas no próprio veneno. É, há quem diga que o sucesso as vezes tem gosto de veneno.

Que a concorrência com o governo para ver quem fatura mais no embate Lucro X Impostos é desleal todos sabemos. Mas mesmo desconsiderando a tributação, o valor de um disco novo ainda é absurdo. Não interessa se o produto vem com encartes e fotinhos, o que interessa é a música, uma justificativa inquestionável. Eis o motivo para a explosão de vendas de cd's piratas no país, o preço de um CD original novo pode custar mais de cinco vezes o valor de um pirateado ! É por isso que CD pirata deixou de ser artigo de chinelagem há muito tempo.

Alguns artistas de bom censo já aderiram a causa e alocam suas canções na Internet para serem baixadas gratuitamente, atitude muito mais inteligente que ficar chorando que CD de camelô danifica os aparelhos ou que baixar músicas em MP3 é ilegal. Afinal, a idéia é que o artista tenha fãs ou tenha consumidores ?

Estamos na era digital, a Internet é uma rede fascinante (se bem utilizada) na busca de informações de qualquer tipo e assunto, e pode tornar-se também um grande palco de divulgação, afinal quem não é visto não é lembrado.
Surge a necessidade de se atualizar. Arquivos de música ao invés de cd's de áudio. Pen-drives de Ouro ao invés de Discos. Ou então as gravadoras que esperem sentadas o governo afrouxar as tarrachas dos impostos no mercado fonográfico.